O novo episódio agora suscita a impressão de que o projeto, divulgado pela Anvisa no fim de 2009 como essencial e urgente, vai se tornando contingencial. Não havia o que esperar de uma iniciativa que nasceu com jeitão autoritário, sem debates prévios com os laboratórios, e mal-conduzida em variadas frentes. Vale lembrar, por exemplo, que inicialmente a Anvisa mostrou-se inclinada a promulgar a adoção de um selo de segurança baseado num papel fornecido no País por uma única fonte. Como é mais ou menos sabido por todos, qualquer empresa séria tem como critério a existência de backups de fornecimento para homologar adoções de insumos ou serviços.
Resta esperar os próximos capítulos dessa novela. Que a adoção de medidas mais seguras para a distribuição de medicamentos é importante, disso ninguém duvida. Mas por que não evitar "canetadas" e buscar caminhos consensuais? Dessa forma, talvez seja mais fácil encontrar uma solução de rastreamento com efeito garantido. E desviar dos placebos.