terça-feira, 24 de agosto de 2010

Flexíveis dão o ar da graça em tintas

A edição do último mês de julho de EmbalagemMarca veiculou reportagem que fiz sobre iniciativa da Basf de colocar no mercado brasileiro de tintas imobiliárias uma linha de produtos apresentados em stand-up pouches com volume de 1 litro – a Na Medida Certa.

Dias atrás, percebi que outra importante fabricante de tintas, a PPG, dona da marca Tintas Renner, enveredou pelo mesmo caminho com uma linha chamada PintaCasa. A diferença, neste caso, é que os produtos (assim como as embalagens, com volume de 8 litros) são importados da Argentina. Haverá produção nacional, muito provavelmente a partir do próximo ano, garante a gerente de marketing e produtos da divisão Tintas Arquitetônicas da PPG brasileira, Elaine Janeri.

Diante dessas iniciativas, muita gente ligada à cadeia de valor da lata de aço deve estar franzindo o cenho. Afinal, o avanço das flexíveis nessa seara poderá representar, em projeção, mais um abalo sério, depois dos baldes plásticos, a um mercado que sempre foi uma menina dos olhos para as embalagens metálicas.

É prematuro fazer qualquer previsão a respeito. Tudo dependerá, é claro, dos consumidores. Mas será interessante acompanhar de perto o desenrolar de toda essa competição.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Telefone smart. Embalagem dumb

Aproveitando um daqueles famigerados programas “toma lá, dá cá” das operadoras de telefonia celular, em que o cliente é mimado em troca de fidelidade por certo período, “ganhei” um novo aparelho. É um smartphone cheio de recursos. Tem tela sensível ao toque, câmera potente, navegador de Internet, GPS e tocador MP3, entre outros atributos. Funciona, também, como telefone.

Brincadeiras à parte, um aspecto que me chamou a atenção foi a embalagem do aparelho: um estojo de papelão e papel cartão simplório, pobremente impresso, sem qualquer charme. O contraste era gritante: um produto top de linha, com tecnologia de ponta, apresentado de forma tosca.

Muitos poderão dizer que, diferentemente dos produtos do dia a dia, telefones celulares não dependem das embalagens como alavancas de venda, e por isso seus fabricantes não precisam esmerá-las. Certo. Mas embora não influam (ou influam pouco) nas decisões de compras de eletroeletrônicos ou de qualquer outro bem durável, as embalagens podem desempenhar papel significativo no encantamento do consumidor e no fortalecimento de marcas.

Não consigo me esquecer da embalagem do iPod que comprei há seis anos. Era uma caixa de papel cartão em formato de cubo, construída a partir de uma estrutura complexa, cheia de dobraduras e camadas. Como naqueles presentes-surpresa, em que se usam sucessões de caixas de tamanho decrescente, a abertura da embalagem do tocador de MP3 exigiu todo um processo – uma espécie de “busca ao tesouro”, em que cada etapa para a desmontagem da caixa fazia aumentar a ansiedade em encontrar o produto e revelava toda a criatividade que havia sido empregada naquele objeto de design. (Prometo revirar meus alfarrábios, encontrar essa embalagem e publicar fotos).

Quem já comprou algum produto da Apple deve ter vivido experiência parecida. A empresa americana é craque em explorar esse tipo de artifício, que especialistas em marketing costumam definir como second moment of truth – ou “segundo momento da verdade”, em tradução livre para o português. É o uso de algum artifício para surpreender e cativar o consumidor após a interação com o produto no ambiente de vendas, quando ele está em casa ou quando utiliza o produto pela primeira vez.

Há cada vez mais profissionais de indústrias e marketing percebendo a importância desse fator e quebrando a cabeça para proporcionar “segundos momentos” para seus públicos-alvos. Com todo o avanço tecnológico, pode ser que em breve vejamos por aí celulares acondicionados com o capricho (neste caso fictício, é claro) mostrado no vídeo abaixo. Tomara.



terça-feira, 29 de junho de 2010

Papel alumínio, pop e centenário

O primeiro processo de produção de papel alumínio foi patenteado em 1910 na Suíça, pelo industrial Robert Victor Neher. Em pouco tempo o produto passou a ser utilizado como embalagem primária, protegendo chocolates e outros alimentos contra a umidade. Até hoje o alufoil é um material popularíssimo para o acondicionamento de alimentos e outros produtos.

Anos depois do primeiro registro de patente, avanços na tecnologia de fabricação permitiram a oferta da película de alumínio para fins domésticos. Aí o produto se tornou pop, onipresente na sociedade moderna de consumo.

Falando em pop, a foto que acompanha este post é da capa de um livro de fotografias do grupo musical sueco ABBA. O autor do instantâneo é o alemão Wolfgang "Bubi" Heilemann.

Mais detalhes sobre o centenário do papel alumínio podem ser vistos aqui.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Posts rarefeitos

Não tenho postado no blog... Culpa do tempo escasso nas últimas semanas.

Quero avisá-los, porém, que a equipe de EmbalagemMarca prepara uma reformulação completa de seus veículos eletrônicos. O projeto fará barulho. Com isso, este blog promete ser alimentado com maior frequência. Não morrerá de inanição.

Aguardem.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O uísque mais velho (e caro) do mundo

Numa cerimônia realizada em março no Castelo de Edinburgo, na Escócia, a destilaria Gordon & MacPhail lançou aquele que afirma ser “o mais antigo uísque single malt engarrafado do mundo”, o Mortlach 70 Years Old. A bebida vinha sendo envelhecida em barris de carvalho espanhol desde 15 de outubro de 1938.

O produto é engarrafado em decanters de cristal soprados artesanalmente em formato de gota e aninhados numa base de prata. O fechamento é realizado por uma rolha de cortiça recoberta por um “chapéu” metálico, desenvolvida pela portuguesa Corticeira Amorim. Como toque final, a garrafa é comercializada em um estojo produzido com jacarandá brasileiro. Há duas versões para a mesma embalagem: 700 mililitros e 200 mililitros.

Poucos terão o privilégio de degustar o Mortlach. Somente um lote de 54 unidades da versão de 700 mililitros e 162 unidades da de 200 mililitros foram colocadas à venda pela Gordon & MacPhail. A garrafa maior tem preço sugerido de 10 000 libras esterlinas, ou aproximadamente 27 000 reais. Já a garrafinha custa 2 500 libras esterlinas, ou algo em torno de 6 700 reais.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Fórum Stand-Up Pouches

Em 10 de novembro próximo a Bloco de Comunicação, editora de EmbalagemMarca, irá organizar em São Paulo o Fórum Stand-Up Pouches. Componente do programa Ciclo de Conhecimento, o evento buscará discutir o panorama de mercado, os desafios e as oportunidades para uma embalagem em alta no Brasil.

Sucesso em outros países, o stand-up pouch – bolsa plástica capaz de ficar em pé – vem sendo cada vez mais utilizada por fabricantes nacionais de bens de largo consumo. Novidades palpitantes estão prestes a chegar ao mercado. Só não posso dar detalhes por pedidos das empresas envolvidas nesses projetos.

Informações sobre o Fórum Stand-Up Pouches podem ser conseguidas no hotsite do Ciclo de Conhecimento ou pelo telefone (11) 5181-6533.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Embalagem e música - 2

Esta fez sucesso alguns anos atrás: a caixinha de leite que protagoniza o clipe da música "Coffee and TV", da banda inglesa Blur. (Não deu para incorporar o vídeo aqui...). Clique aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Micro-ondas descomplicado

Nem sempre o alimento preparado no forno de micro-ondas fica quentinho, crocante ou bonito como na foto que estampa sua embalagem. Diversas tecnologias de embalagem têm surgido para tentar resolver esse problema, capaz de desestimular recompras e arranhar a reputação de marcas. Mas nem mesmo as soluções mais engenhosas para acondicionar produtos “micro-ondáveis” conseguem superar duas questões: a diferença dos padrões de aquecimento de cada aparelho, que obriga os fabricantes a estipular recomendações genéricas de preparo dos alimentos, e a programação às vezes nada amigável dos fornos.

Por isso, uma empresa americana fundada em 2005, a Microwave Science JV LLC, criou um software para fornos de microondas que, programado pelo consumidor com códigos numéricos curtos, impressos nas embalagens, promete garantir o processamento ideal aos mais variados alimentos.

A tecnologia, chamada TrueCookPlus, começa a ganhar espaço nos Estados Unidos. Depois da Kenmore, desconhecida no Brasil, a LG Electronics lançou um modelo de microondas compatível com a proposta. Os painéis de comando desses aparelhos apresentam um botão especial, com o logotipo da tecnologia TrueCookPlus, que comanda todas as programações de aquecimento. O consumidor aperta esse botão, digita o código impresso na embalagem e pronto. Não é preciso definir potência nem tempo de aquecimento para o produto colocado no forno.

A tecnologia leva em conta especificidades de cada produto, como ingredientes e embalagem, e até variáveis como a altura em que a casa do consumidor se encontra em relação ao nível do mar. Como todos os aquecimentos de produtos são testados, a Microwave Science promete ao consumidor alimentos fiéis ao padrão ideal imaginado pelos fabricantes.

Dezenas de indústrias alimentícias americanas já disponibilizam códigos nas embalagens de seus produtos para microondas – entre elas Kraft, Campbell e General Mills. Uma das mais recentes partidárias do TrueCookPlus é a Diamond Foods, com a linha de pipocas para microondas Pop Secret. “Com a tecnologia, as pipocas irão cozinhar de maneira uniforme, eliminando preocupações com queimas e piruás”, afirma a Microwave Science.

Curiosidade: um dos sócios-fundadores da Microwave Science é Mark Burnett, produtor de TV responsável por atrações como The Apprentice (“O Aprendiz”, no Brasil) e Survivor (“No Limite”).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Embalagem e música

Quem, na casa dos trinta como eu, lembra dessa aqui?



"Melhor grupo do Brasil"? Chacrinha passou mal...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Breakfast e desayuno


Calcula-se que quase 50 milhões de moradores dos Estados Unidos falem espanhol. Por isso, não surpreende o fato de cada vez mais as lojas e os prestadores de serviços virem adotando a comunicação bilíngue com os consumidores. Nas embalagens, esse tipo de iniciativa ainda não se popularizou, mas grandes empresas vêm se movimentando. Um exemplo é a Kellogg. A gigante em cereais matinais decidiu estampar informações em inglês e em espanhol na caixa de seu mais novo lançamento para o mercado americano, uma versão do Corn Flakes com adição de mel (Corn Flakes Touch of Honey/Toque de Miel).

A tabela nutricional do alimento, gravada na arte traseira da caixa, é também apresentada em duas línguas. O design gráfico da nova embalagem é da Schawk. “Os consumidores que falam espanhol irão reconhecer que a Kellogg respeita e valoriza suas raízes”, diz Susanne Norwitz, diretora de relações-públicas da empresa. “A comunidade latina será capaz de ler e entender melhor o valor nutricional dos produtos.”